13 de setembro é o DIA
MUNDIAL DA SEPSE.
Para lembrar o cenário sobre a síndrome que mata 1 pessoa a
cada segundo no mundo, instituições de saúde de todos os continentes promovem
ações de conscientização junto à população e aos profissionais de saúde.
No Brasil, o Instituto Latino Americano de Sepse (ILAS),
há cinco anos, desenvolve atividades de conscientização sobre a sepse, conhecida
antigamente como septicemia ou infecção generalizada. Esse ano as ações
acontecerão em 14 cidades, entre elas Brasília.
No dia 13 de
setembro, profissionais de saúde atenderão às dúvidas da população sobre a
SEPSE, na Rodoviária Plano Piloto,
das 8 às 15 horas.
Na ocasião será distribuída uma história em quadrinho (CLIQUE
AQUI), criada pelo ILAS, que retrata de forma simples a questão da
importância do rápido diagnóstico, permitindo o entendimento por leigos. Nesse
dia, também, profissionais de saúde estarão à disposição da população para
responder às dúvidas.
Além das ações
voltadas à população, o ILAS enviará a mais de 1.700 instituições de saúde
material específico aos profissionais de emergência, pronto-socorro e UTI.
SOBRE A SEPSE
A sepse hoje é
responsável por mais óbitos do que o câncer ou o infarto agudo do miocárdio.
Estima-se cerca de 15 a 17 milhões de casos registrados por ano no mundo, sendo
670 mil só no Brasil. Ao contrário do que se pensa, sepse não é um
problema apenas de pacientes já internados em hospitais, pois a maioria dos
casos é de pacientes atendidos nos serviços de urgência e emergência. O aumento
da incidência e a progressiva gravidade desses pacientes fazem com que os
custos de tratamento também sejam elevados.
O Instituto Latino
Americano de Sepse, ILAS, avaliou em sua base de dados a mortalidade por
sepse de pacientes provenientes do prontos-socorros. Os dados revelaram que
53,17% de pacientes com sepse, atendidos inicialmente em prontos-socorros (PS)
de hospitais públicos, vão a óbito, enquanto em hospitais particulares esse
número é de 25,8%. Possíveis explicações para essa diferença
importante incluem dificuldade no reconhecimento precoce e um número inadequado
de profissionais nos PS de hospitais públicos.
“O reconhecimento precoce é a chave para o tratamento adequado. Todas as instituições devem treinar suas equipes, principalmente de enfermagem, para reconhecer os primeiros sinais de gravidade e dar atendimento preferencial a esses pacientes nos serviços de urgência”. Dr. Luciano Azevedo, presidente do ILAS.
Dr. Luciano Azevedo alerta ainda que o tratamento adequado nas
primeiras seis horas tem clara implicação no prognóstico e na sobrevida dos
pacientes. “Medidas simples, como coleta
de exames, culturas, antibióticos na primeira hora e hidratação podem salvar
vidas”.
O grupo de maior risco para o desenvolvimento da sepse é
formado por crianças prematuras e abaixo de um ano e idosos acima de 65 anos;
portadores de câncer; pacientes com AIDS ou que fazem uso de quimioterapia ou
outros medicamentos que afetam as defesas do organismo contra infecções;
pacientes com doenças crônicas como insuficiência cardíaca, insuficiência renal
e diabetes; usuários de álcool e drogas; e pacientes hospitalizados que
utilizam antibióticos, tubos para medicação (cateteres) e tubos para coleta de
urina (sondas).
ATENÇÃO:
Qualquer pessoa pode ter sepse.
“Embora não existam sintomas específicos, todas as pessoas que estão com infecção e apresentam febre, aceleração do coração, respiração mais rápida, fraqueza intensa e, pelo menos, um dos sinais de alerta, como pressão arterial baixa, diminuição da quantidade de urina, falta de ar, sonolência excessiva ou ficam confusos (principalmente idosos) devem procurar imediatamente um serviço de emergência ou o seu médico”,
“Embora não existam sintomas específicos, todas as pessoas que estão com infecção e apresentam febre, aceleração do coração, respiração mais rápida, fraqueza intensa e, pelo menos, um dos sinais de alerta, como pressão arterial baixa, diminuição da quantidade de urina, falta de ar, sonolência excessiva ou ficam confusos (principalmente idosos) devem procurar imediatamente um serviço de emergência ou o seu médico”,
O desconhecimento da população em relação aos primeiros
sintomas e, consequentemente o atraso na procura de auxilio, também é um dos
entraves a serem vencidos. Uma pesquisa do ILAS em 134 municípios brasileiros
mostrou que 93% dos entrevistados nunca tinham ouvido falar sobre a sepse. De
forma oposta, 98% tinham conhecimento prévio sobre infarto do coração.
Curta a página Dia Mundial da Sepse
O QUE É A SEPSE
(www.sepsisnet.org)
A sepse é um conjunto de manifestações graves em todo o
organismo produzidas por uma infecção. A sepse era conhecida antigamente como
septicemia ou infecção no sangue. Hoje é mais conhecida como infecção
generalizada.
Na verdade, não é a infecção que está em todos os locais do
organismo. Por vezes, a infecção pode estar localizada em apenas um órgão, como
por exemplo, o pulmão, mas provoca em todo o organismo uma resposta com
inflamação numa tentativa de combater o agente da infecção. Essa inflamação
pode vir a comprometer o funcionamento de vários orgãos do paciente, que pode
não suportar e vir a falecer.
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