De acordo com um levantamento feito pela Associação
Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros e Intersexuais, o
Brasil ocupa o primeiro lugar na quantidade de homicídios de LGBTI+ nas
Américas, totalizando 340 mortes no ano passado.
Foto: Agência Brasil
Já a ONG Grupo Gay da Bahia
afirma que, neste ano, uma pessoa LGBTI+ morre no nosso país a cada 26 horas,
em média.
Os números sobre a lgbtfobia
não param por aí.
A expectativa de vida de transsexuais e travestis, aqui no
Brasil, é de apenas 35 anos. Por exemplo, uma transexual foi morta a pauladas
em um hotel da zona norte de São Paulo. Larissa Paiva tinha apenas 25 anos. O
homicídio foi registrado no 13º Distrito Policial (Casa Verde) e será
investigado pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), que
instaurou inquérito.
De 2011 até o final de 2016, 980 transexuais foram mortos e
70% dos estudantes LGBTI+ brasileiros já sofreram com discriminação nas
escolas. Com o intuito de reverter estas estatísticas, foi lançado o aplicativo
TODXS, que foi desenvolvido por uma start up privada e permite o usuário enviar
à Controladoria-Geral da União denúncias de agressão e discriminação a pessoas
LGBTI+.
É o que explica o ouvidor-geral
da União, Gilberto Waller.
“A ideia foi de que esta denúncia feita em um aplicativo privado também chegue a administração pública, ao Poder Executivo Federal, através da integração do sistema deles com a ferramenta da CGU, que é o e-Ouv, que é a ferramenta da Ouvidoria. Nele, você tem a possibilidade de verificar leis, responsáveis por serviços; ele é informativo e também coleta denúncias e manifestações de cidadãos que se sentem atingidos.”
O aplicativo conta ainda com centenas de normas jurídicas de
todo o país, para que a população LGBTI+ possa conhecer e garantir seus
direitos. Para a CGU, esta parceria com o TODXS é uma mudança importante na
comunicação entre governo e cidadão e possibilita um maior diálogo entre grupos
da sociedade e o Estado.
Segundo a Associação
Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Pessoas Trans e Intersexuais,
pelo menos 72 países, estados independentes ou regiões criminalizam a
homossexualidade. Desses 72 países, oito aplicam pena de morte a homossexuais.
As Américas e a Europa concentram os países com mais
direitos aos LGBTI+, como, por exemplo, o reconhecimento da união entre pessoas
do mesmo sexo e adoção. Já a África e o Oriente Médio têm os países com as
penas mais duras, como prisões e execuções.
Fonte: Agência do
Rádio - Cintia Moreira.
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