Instituir programas com a participação da comunidade local e
envolvê-la no processo educativo de crianças e adolescentes que vivem em
instituições de acolhimento está entre as determinações do Estatuto da Criança
do Adolescente (ECA).
E esta foi uma das inspirações para o Grupo Aconchego desenvolver o Apadrinhamento Afetivo, programa
que proporciona a crianças e adolescentes em medidas protetivas de acolhimento
a formação de novos vínculos afetivos junto a pessoas da comunidade.
Afastados provisoriamente de suas famílias por sofrerem
negligências, maus tratos e/ ou abandono, crianças e adolescentes acolhidos
precisam – para além do trabalho já realizado pelos profissionais destas
instituições – de afeto, de aconselhamento e de vínculo para a promoção do seu desenvolvimento.
“Acredita-se que, às vezes, basta que encontrem uma pessoa
significativa para que a esperança seja retomada”, explica a psicóloga
e coordenadora do programa no Aconchego, Maria
da Penha Oliveira.
Longe da filantropia e da caridade, e diferente da adoção
propriamente dita, o processo de Apadrinhamento Afetivo visa incluir o afilhado
ou a afilhada no projeto de vida do padrinho/ madrinha. Pode proporcionar,
portanto, vivências afetivas que assegurem seu desenvolvimento e sua
autoestima, além de possibilitar, dentre inúmeros ganhos, o rompimento do ciclo
da dor do abandono e da rejeição.
No Distrito Federal, atualmente, mais de 40 crianças
acolhidas em instituições contam com padrinhos e madrinhas. “Estes
são pessoas movidas pelo desejo de fazer algo em prol da infância e da
juventude, que, por meio do Apadrinhamento, são preparadas para mostrar a vida
em uma família funcional e o cotidiano em sociedade, e para escutar e
compartilhar histórias” comenta Penha.
Segundo ela, para que isso seja possível, “é
preciso disponibilidade para criar vínculos, honrar compromissos, assumir
responsabilidades e também sobreviver à quebra de expectativas”.
COMO PARTICIPAR
Os interessados em participar do programa devem preencher o
cadastro no site do Aconchego e
aguardar o convite para participar da primeira palestra ministrada pelo grupo,
que em 2018 ocorrerá no dia 07 de abril.
Para se tornar padrinho ou madrinha, alguns requisitos são
necessários, tais como: ter
mais de 21 anos (diferença de pelo menos 16 anos para o afilhado), ter
disponibilidade para partilhar tempo e afeto com crianças/ adolescentes
acolhidos; poder oferecer cuidados de qualidade e singularizados; participar
dos encontros de sensibilização e de formação organizados pelo Aconchego; e não
fazer parte do Cadastro de Adoção.
Sobre este último ponto, cabe esclarecer que madrinha e
padrinho são diferentes de pai e mãe, tendo, assim, outro tipo de preparação para
desempenhar tais funções. No caso de, no meio do processo de vinculação
afetiva, o padrinho ou madrinha desejar se tornar pai ou mãe do afilhado (a), e
este também revelar desejo de ser filho (a), o caso será encaminhado à Vara da
Infância e da Juventude para avaliação e seguimento dos trâmites legais da
adoção.
SOBRE O GRUPO
ACONCHEGO
O Aconchego é uma entidade civil, sem fins lucrativos,
fundada em dezembro de 1997, que trabalha em prol da convivência familiar e
comunitária de crianças e adolescentes em acolhimento institucional.
Filiado à Associação
Nacional dos Grupos de Apoio à Adoção – ANGAAD o aconchego é reconhecido como
referência em Brasília e conta com grande projeção nacional na criação de
tecnologias sociais com vistas à garantia do direito das crianças e
adolescentes à convivência familiar e comunitária, por meio de ações de
intervenção com potencial para a transformação social e cultural.
ASSESSORIA DE
COMUNICAÇÃO – GRUPO ACONCHEGO
Proativa Comunicação
- Flávio Resende (61 99216-9188) / Dayanne Holanda (61 98114-6886)
Tel.: (61)
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