Nos últimos dez anos o consumo de frutas e hortaliças em
pelo menos cinco dias da semana cresceu cerca de 5%; a prática de atividades
físicas aumentou 24%. E, ao mesmo tempo, o consumo de refrigerantes e bebidas
açucaradas, como sucos de caixinha, por exemplo, caiu em quase 53%!
Mas ao fazer a análise por faixa etária, encontramos um
cenário alarmante: nos últimos dez anos, o número de jovens entre 18 e 24 anos
que sofrem de obesidade cresceu em 110%.
O consumo de alimentos artificiais e a falta da prática de
atividades físicas estão atrelados aos hábitos dessa faixa etária, Por isso,
segundo a diretora do Departamento de
Vigilância de Doenças Crônicas do Ministério da Saúde, Fátima Marinho,
esses costumes podem custar caro em um futuro próximo.
“Ele vai mudando de faixa etária e ele vai cada vez mais ganhando mais peso por causa do hábito alimentar que adquirido quando jovem. E isso vai gerar obesidade. E a obesidade é risco para diabetes, hipertensão arterial e leva a problemas cardíacos, por exemplo, a insuficiência cardíaca; ou até insuficiência renal - que é da própria diabetes também. Além de ser risco para câncer também”.
O incentivo à alimentação saudável é fundamental para
reduzir as taxas de obesidade e sobrepeso no país. Um dos métodos propostos
pelo Governo Federal e adotado por países do Mercosul é o alerta em rótulos
frontais que vai informar quais substâncias estão presentes nos alimentos
vendidos.
A diretora do Departamento de Vigilância de Doenças Crônicas
do Ministério da Saúde acredita que, a informação vai colaborar para hábitos
mais saudáveis.
“Por exemplo: uma mãe compra um suquinho de caixinha achando que é mais saudável que a Coca-Cola e não é verdade. Tem muita coisa que tem açúcar que a gente não sabe. Então tem que estar claro muito visível na embalagem o que está lá dentro para você não se enganar e substituir seis por meia dúzia”.
Até 2019, o
Ministério da Saúde pretende reduzir o consumo regular de refrigerante e suco
artificial em pelo menos 30% na população adulta, e ampliar em no mínimo de
17,8% o percentual de adultos que consomem frutas e hortaliças regularmente .
Fonte: Agência do
Rádio - Aline do Valle
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