Estudantes estão mais
seguros nas escolas públicas de Ensino Médio Integral (EMI).
As instituições
registram menos episódios de violência em relação aos colégios com ensino médio
regular.
O estudo
verificou que o índice de violência geral chega a ser 8,6% menor e o índice de
violência velada 13,5% inferior, em relação às escolas que não são
integrais.
A violência geral inclui a violência explícita, com atentados à vida, roubos e agressões físicas, e a violência velada, que diz respeito às ameaças, ao consumo de drogas e à presença de armas.
Os dados foram divulgados no início de dezembro, a partir da análise de informações do Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB 2019/INEP).
A publicação destaca que a violência é um problema grave e
sistêmico no Brasil. De acordo com o Atlas da Violência (Ipea 2020), entre os
jovens, a situação é ainda mais preocupante: o homicídio é a principal causa de
morte de pessoas entre 15 e 29 anos. Em 2018, 53% das vítimas eram jovens,
totalizando 30.873 vidas perdidas nessa faixa etária, com maior concentração
entre os negros.
A violência geral inclui a violência explícita, com atentados à vida, roubos e agressões físicas, e a violência velada, que diz respeito às ameaças, ao consumo de drogas e à presença de armas.
Os dados foram divulgados no início de dezembro, a partir da análise de informações do Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB 2019/INEP).
Um ambiente escolar violento traz consequências negativas, como maiores taxas de absenteísmo, abandono e evasão, rotatividade entre professores e gestores, mais dificuldade de concentração e piores níveis de aprendizado e desempenho acadêmico
Instituto Sonho Grande.
Para entender qual é a diferença nos níveis de violência
observados nas unidades de ensino médio regular frente às de Ensino Médio
Integral, o estudo comparou escolas parecidas em várias dimensões (como
infraestrutura, número de estudantes, desempenho no Ideb) com a principal
diferença sendo o tipo de ensino ofertado. Também buscou observar se existe
distinção no nível de violência entre as escolas que aumentam a carga horária
com atividades complementares e aquelas que ampliam a jornada escolar para
conseguir implementar um modelo pedagógico de ensino integral.
Outros dados da Pesquisa
Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE/ IBGE) revelaram que a proporção de
estudantes que faltaram às aulas por se sentirem inseguros dentro da escola
passou de 5,5% em 2009 para 9,5% em 2015. Para os gestores, a violência, o medo
e a insegurança também fazem parte da realidade vivenciada. Informações do
Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB 2019/INEP) mostram que 46,3% dos
gestores da rede pública do Ensino Médio registraram a ocorrência de eventos
violentos no ambiente escolar, entre eles atentados à vida, roubos com uso de
violência ou mesmo ameaças a profissionais por algum estudante.
A pesquisa ainda avaliou que grande parte da literatura
sobre os impactos de curto prazo da educação na violência se preocupa mais com
a quantidade de horas que os jovens passam na escola do que com a qualidade
desse tempo. Na contramão, os resultados do estudo sugerem que, para reduzir a
violência e os comportamentos de risco entre jovens, é mais importante avaliar
como o tempo adicional é utilizado, e não apenas ampliar a carga horária.
Investir em um modelo educacional que promove maior aprendizado, com foco no desenvolvimento socioemocional e melhoria do clima escolar entre estudantes, professores, equipes gestoras, família e comunidade, como é o caso da proposta do Ensino Médio Integral, tende a diminuir a probabilidade de que os jovens se envolvam em atividades violentas dentro das escolas.
O currículo do modelo integral centrado no Projeto de Vida
dos estudantes, bem como suas expectativas e sonhos para o futuro, tem apresentado
resultados positivos em termos de desempenho acadêmico e perspectivas futuras,
com maiores taxas de ingresso na educação superior e maior renda. Fatores que
podem contribuir para que o jovem acredite nos retornos futuros maiores de uma
educação pública de qualidade, desincentivando assim o envolvimento em
atividades violentas.
O Ensino Médio Integral é uma proposta pedagógica
multidimensional e moderna. A partir de um modelo de ensino que se conecta à
realidade dos jovens e ao desenvolvimento de suas competências cognitivas e
socioemocionais, propõe a formação integral dos estudantes.
Entre os pilares trabalhados pelo EMI, estão: tutoria, nivelamento, protagonismo juvenil - com a criação de clubes juvenis e líderes de turma - acolhimento, além de componentes curriculares específicos, como orientação de estudos e práticas experimentais, que promovem a formação completa do estudante, junto às disciplinas tradicionais já previstas.
Em todo o Brasil são cerca de 3720 escolas no modelo e 778
mil estudantes. A modalidade apresentou crescimento exponencial no último IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação
Básica), reforçando sua assertividade. Os índices de desempenho e
rendimento também surpreendem. Enquanto a média nacional do IDEB foi de 3.9
pontos, o Ensino Médio Integral atingiu 4.7 pontos na média nacional, superando
a meta Brasil de 4.6 pontos. Apesar de acumular os melhores resultados do
Ensino Básico, o modelo, que promove a formação integral e cidadã dos jovens, ainda
é pouco conhecido.
Ampliação da carga
horária e qualidade da educação x redução da violência escolar
Investir em um modelo educacional que promove maior aprendizado, com foco no desenvolvimento socioemocional e melhoria do clima escolar entre estudantes, professores, equipes gestoras, família e comunidade, como é o caso da proposta do Ensino Médio Integral, tende a diminuir a probabilidade de que os jovens se envolvam em atividades violentas dentro das escolas.
Conheça o Ensino
Médio Integral
Entre os pilares trabalhados pelo EMI, estão: tutoria, nivelamento, protagonismo juvenil - com a criação de clubes juvenis e líderes de turma - acolhimento, além de componentes curriculares específicos, como orientação de estudos e práticas experimentais, que promovem a formação completa do estudante, junto às disciplinas tradicionais já previstas.
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