O universo dos tratamentos terapêuticos se expande a cada
dia. Aliados à ciência, os métodos incluem tradições milenares, contatos com a
natureza, entre outros fatores que estimulam o bem-estar na mente e no corpo
humano.
De acordo com
pesquisa realizada por estudantes de Fisioterapia do Centro Universitário de
Brasília (CEUB) Bruna Ferreira e Gabriel Ulysses, a equoterapia pode auxiliar
na evolução motora e intelectual de crianças com autismo.
A mostra aponta
diversos benefícios da prática terapêutica na rotina destes praticantes.
Engloba fatores físicos, comportamentais, funcionais e sociais através do movimento natural do cavalo. Nesse sentido, o estudo foi desenvolvido para verificar a efetividade do tratamento de estresse parental, força muscular e mobilidade de crianças com deficiências.
A mostra analisou uma série de casos de crianças do sexo masculino, na faixa etária de 3 a 13 anos de idade, portadoras de Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Em ambos os índices, houve uma melhora na avaliação após a equoterapia.
No PedsQL, a média caiu de 35 para 28 – o que indica progresso.
Já o PSI passou de 125 para 116. Nos dois casos, a média é considerada positiva do maior para o menor número.
A média de progresso saltou de 55,37, para 62,33. Para esta escala, as notas positivas são dadas de modo crescente.
Tivemos a ideia de comparar, principalmente, o estresse parental e a qualidade de vida familiar. A melhora do filho repercute na qualidade de vida e no estresse da família de uma pessoa com deficiência? Investigamos também a melhora na vida do cuidador.ALESSANDRA VIDAL PIETRO
Professora de Fisioterapia do CEUB
Durante e após o período da pesquisa, observamos melhorias, tanto no ponto de vista do bem-estar da família, até a mobilidade. A expectativa é partir para a Associação Nacional de Equoterapia de Brasília para darmos continuidade aos estudos de redução de estresse parental e qualidade de vida familiar e popularizar os benefícios da prática, para que mais famílias e crianças possam ter acesso.ALESSANDRA VIDAL PIETRO
Professora de Fisioterapia do CEUB
A mostra foi o pontapé para comprovar os benefícios de mobilidade, aumento da qualidade de vida e diminuição do estresse parental dessas crianças.
CRIANÇAS COM
DEFICIÊNCIA
NO BRASIL
De acordo com
levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
realizado em 2021, 8,4% da população brasileira acima de dois anos possui algum
tipo de deficiência. A marca representa 17,3 milhões de pessoas. O estudo
também aponta que 7,8 milhões, ou 3,8% da população acima de dois anos,
apresentam deficiência física nos membros inferiores, enquanto 2,7% das pessoas
têm nos membros superiores. Já 3,4% possuem deficiência visual; e 1,1%,
deficiência auditiva. Outros 1,2%, - o que corresponde a 2,5 milhões de
brasileiros - possuem deficiência intelectual.
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